segunda-feira, novembro 30, 2009


Anarquistas, graças a...

Amanhã, dia 1º de dezembro de 2009, sai o segundo volume do livro "História do Anarquismo no Brasil", publicado pela Editora Achiamé e organizado por Carlos Augusto Addor e Rafael Deminicis. Este inconstante escriba que vos fala participa do livro com um pequeno artigo, que resume o tema de sua dissertação de mestrado. O evento acontece na Livraria Folha Seca, a partir das 18h30, na Rua do Ouvidor, 37, Centro do Rio de Janeiro -- cidade que testemunhou boa parte da fase áurea do anarquismo no Brasil, no início do século passado.

O livro é resultado de prazerosas e enriquecedoras discussões promovidas pelo Grupo de Estudos do Anarquismo (GEA), o qual coordenei por um tempo. Boa oportunidade para rever grandes amigos e retomar os laços. Desde que terminei o curso na UFF, caindo de cara na “vida séria” (trabalho, contas pra pagar, horários a cumprir...), acabei me afastando de um ambiente que me fazia muito bem (Mas sei que isso não é desculpa!).

Como um velho político safado, venho prometendo um retorno aos amigos, tanto do GEA quanto do Centro de Cultura Social (CCS), onde a prática libertária ganha vida, numa demonstração de que exemplos passados podem ser reaproveitados no contexto presente.

E foi justamente essa atualidade de pensamentos e práticas libertárias que me motivou a investigar a influência anarquista em grupos da imprensa alternativa brasileira, entre as décadas de 1960 e 1980, tema do pequeno artigo que está no livro.

Lançamento do livro “História do Anarquismo no Brasil, vol 2”.
Coordenação: Carlos Augusto Addor e Rafael Deminicis.
Livraria Folha Seca.
Rua do Ouvidor, 37.
Dia 1 de dezembro, a partir das 18h30.
Música com Elisa Addor.

quarta-feira, novembro 25, 2009


O passado passado a limpo

Topo com um site muito bem produzido sobre um dos movimentos mais interessantes da cultura nacional: o "Tropicalismo" (ou "Tropicália", se preferirem). Vale a pena viajar nesse passado que passou, mas que imprimiu sua estética em diversas outras manifestações que vieram depois. Estética da mistura, da "antropofagia", do cruzamento com referências estrangeiras, o que desagradou (e ainda desagrada) aos nacionalistas-xiitas que ainda levantam a bandeira de uma "cultura pura", "genuinamente brasileira". Esquecem que o Brasil já nasceu mestiço/multicultural: índio-preto-branco.

Vale a pena conferir:

Tropicália

segunda-feira, novembro 23, 2009

Recordar é viver...

Requentando a marmita, kAto nigrA republica aqui alguns posts antigos. Começo com um de junho de 2006, sobre o grande quadrinista Guido Crepax.




nos olhos de Valentina, nos lábios de Valentina, no corpo de Valentina

...febre.

fervor de olhos-leitores que se perdem e se acham nos traços finos de uma musa.

ela já nasce mulher em 1965, da costela de Guido Crepax (1933-2003), arquiteto, desenhista de publicidade, ilustrador de capas de discos de jazz (como os de Charlie Parker).

Valentina mulher dos anos 60: bela, independente, sensual e explosiva.

suas histórias unem erotismo, aventura, espionagem, ficção científica, psicodelia, delírios oníricos.

na primeira vez que li uma HQ de Crepax (justamente uma história de Valentina), me veio à mente um filme no papel, com uma frenética edição de imagens - no caso, a diagramação desconcertante do artista italiano.

seus quadrinhos são fulminantes figuras geométricas recortando cenas, detalhes, corpos, guiando nossos olhos como uma vertiginosa câmera cinematográfica.

Valentina surge como uma personagem menor: apenas a namorada do crítico de arte Philip Rembrandt, alter ego do super-herói Neutron, protagonista da série publicada por Crepax, em 1963, na revista Linus. logo logo viraria o personagem símbolo do quadrinista.

seu visual foi inspirado em Louise Brooks, atriz de cinema mudo do início do século XX.

mas outras pin-ups sairiam da pena de Crepax. Anita, por exemplo, confirma a ligação cinema-quadrinhos: foi inspirada em Anita Ekberg, de "La dolce vita", de Fellini. havia ainda Bianca e Francesca.

não só cinema, também literatura. Crepax adaptou alguns clássicos como "História de O", "Emanuelle", "Justine" (do Marquês de Sade), "Frankstein" (de Mary Shelley)...

quinta-feira, novembro 19, 2009

Valorizem os clássicos, crianças!

Blues, blues, blues...

muddy waters

The Bluescraps | Vídeos de Música do MySpace

sexta-feira, novembro 13, 2009


Mesa de vidro


Eles continuavam procurando paraísos artificiais.
Há muito risco em procurá-los.
Mas viver é correr risco.
E os riscos corriam soltos em cima de uma mesa de vidro.

###

sexta-feira, novembro 06, 2009




...E o gato preto se misturou ao cachorro.

Pois é... De volta a uma banda. Como antes, o prazer de fazer um som, a diversão, a arte. Sim, arte. Por que não? Ainda que feita às margens dos cânones, das vanguardas, dos rótulos. Independente no meio da cultura de massas (e o que não é massificado ou massificável hoje?). Rock'n'roll básico, de arranjos simples, baixo-guitarra-batera, fazendo rolar a pedra que não cria musgo justamente porque se renova continuamente, ainda que fincando o pé numa lama primordial característica, que ajudou a dar vida a dinossauros como Chuck Berry, Little Richards, Jerry Lee Lewis, etceteras e tais.

Rolando em alguns cantos do mundo virtual, os uivos e latidos do Canis Familiaris:

Myspace

Trama Virtual

Oi Novo Som

Palco MP3

Em breve, nos melhores canis e casas de ração do ramo.

###